terça-feira, 30 de junho de 2009


Ah! Quanta hipocrisia nos cerca o dia a dia
Que traz da noite a indiferença da tarde vazia
Os choros calados saltando das janelas dos prédios
Centralizadamente iguais
Os fios dos telefones asfixiam corações
Atrofiados e doentes
A alegria torna-se a alergia de muitos

O corre-corre, o grande propulsor da vida
Que cotidianamente mente
Que foge de si, de dó e até de ré
Anda em círculos e triângulos
Viciosos, tendenciosos demais para perguntar
Qualquer informação aqui é atentado
E aqui ninguém quer atenção

A tensão aqui é por dinheiro
Foge-se das férias e se reza pela hora extra
A hora extra da morte é a extrema unção
Se quem fica parado é poste
Quem se mexe é cachorro
Quem será que leva sua própria sacolinha?

Pula choro, pula!
Antes morrer sozinho do que habitar olhos que não veem o mundo
O coração morreu de tédio num domingo
Só porque segunda era feriado.

3 comentários:

  1. Texto perfeito,palavras simples e verdadeiras.O homem perde a saúde correndo atrás dos bens materias e depois quer recupera-la perdendo os bens adquiridos.Algo deve estar errado em um sistema extremamente precário e deficitário.Parabéns!!!!!

    ResponderExcluir
  2. "gran finalle":

    (...)"Pula choro, pula!
    Antes morrer sozinho do que habitar olhos que não veem o mundo
    O coração morreu de tédio num domingo
    Só porque segunda era feriado."

    Tudo na "Babilônia" está ruindo!

    Beijo na sua alma!

    ResponderExcluir